domingo, 13 de março de 2011

300 haitianos ficam barrados

Os estados do Acre e do Amazonas são os destinos mais procurados pelos que vieram do país atingido por terremoto em 2010
São Paulo. Cerca de 300 imigrantes haitianos estão barrados na fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia, aguardando uma posição do governo brasileiro para ingressar no País. Os migrantes vêm ao Brasil para trabalhar e enviar dinheiro às famílias que ficaram no Haiti, devastado por um terremoto no ano passado.
Em fevereiro, o Ministério da Justiça suspendeu o protocolo de solicitação de refúgio aos haitianos, alegando que detectou uma rota de tráfico humano a partir do país.
O documento lhes dava direito de trabalhar no Brasil e emitir CPF. Segundo o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, os haitianos também não se enquadram no status de refúgio, que só é reconhecido quando há temor de perseguição.
A solução para o caso é estudada pelo Conselho Nacional de Imigração, do Ministério do Trabalho. Uma posição deve sair no dia 16 de março, diz o conselho.
Mesmo sem documentação, o número de haitianos nas fronteiras aumenta a cada dia. Em Tabatinga (AM), tríplice fronteira do Brasil, Peru e Colômbia, há 200 haitianos barrados, já em território brasileiro. O último grupo, com 47 haitianos, chegou nesta semana.
Na fronteira de Brasileia (AC) com a Bolívia, há 84 haitianos ilegais. Grupos de 10 a 15 pessoas chegam toda semana, segundo o padre Rutemarque Crispim, da paróquia local.
Antes de suspender o protocolo, a Polícia Federal legalizou a entrada de 1.024 haitianos no Brasil. Cerca de 400 deles estão em Manaus, mas apenas 120 conseguiram emprego na construção civil e em restaurantes.

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